sábado, 1 de junho de 2013

Casulo

Em casulo de menino, vivia o homem. Parecia menino, sorria menino, sonhava menino. Mas já deixara de o ser há tempos, sem perder a essência, no entanto.

O casulo não condizia com o conteúdo, começara a pensar. E galgou parti-lo, em busca dos sonhos que pudessem ser inalcançados por meninos. Todos em prol de um, que podia se resumir em olhos e sorrisos profundos.

O que descobriu foi que, mais dia ou menos dia, o casulo cairia em bandas. E que a conquista dos seus sonhos dependiam diretamente do menino.

Se voltaria a sentir os olhos e o sorriso novamente, isso ele não sabia. Mas o casulo também já não importava, pois descobriu também que o menino lhe habitava no interior.

Enterrou seu casulo e seguiu. Soube que as coisas viriam por merecimento e não por aparências.


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